segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

UTI

ENFERMAGEM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Como projetar uma UTI
UTI

Projetar uma UTI, exige conhecimento, e experiência dos profissionais de terapia intensiva, que estão familiarizados com as necessidades específicas da população de pacientes. Revisões periódicas devem ser consideradas na medida que a prática da terapia intensiva evolui.
O projeto deve ser abordado pôr um grupo multidisciplinar composto de diretor médico, enfermeiro chefe da UTI, arquiteto principal, administrador hospitalar e engenheiros. Esse grupo deve avaliar a demanda esperada da UTI baseado na avaliação dos pontos de fornecimento de seus pacientes, nos critérios de admissão e alta, e na taxa esperada de ocupação. É necessário análise dos recursos médicos, pessoal de suporte (enfermagem, fisioterapia, nutricionista, psicólogo e assistente social) e pela disponibilidade dos serviços de apoio (laboratório, radiologia, farmácia e outros ).
Planejamento da área de uma U.T.I
O Planejamento e projeto devem ser baseados em padrões de admissão de paciente, fluxo de visitantes e funcionários, e na necessidade de instalações de apoio (posto de enfermagem, armazenamento, parte burocrática, exigências administrativas e educacionais) e serviços que são peculiares à instituição individual em questão. Segundo as normas dos projetos físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (E.A.S.), a organização físico funcional de internação de paciente em regime de terapia intensiva deve:
-   proporcionar condições de internar pacientes críticos em ambientes individuais e ou coletivos conforme grau de risco, faixa etária, patologia e requisitos de privacidade;
-  executar e registrar assistência médica e de enfermagem intensiva;
-  prestar apoio diagnóstico-laboratorial, de imagem e terapêutico 24 horas;
-  manter condições de monitoramento e assistência respiratória contínua;
-   prestar assistência nutricional e distribuir alimentos aos pacientes;
- manter pacientes com morte encefálica, nas condições de permitir a retirada de órgãos para transplantes, quando consentida.
Localização
Cada UTI deve ser uma área distinta dentro do hospital, quando possível, com acesso controlado, sem trânsito para outros departamentos. Sua localização deve ter acesso direto e ser próxima de elevador, serviço de emergência, centro cirúrgico, sala recuperação pós-anestésica, unidades intermediárias de terapia e serviço de laboratório e radiologia.
Número de Leitos
Os leitos necessários devem fornecer uma cobertura segura e adequada para pacientes gravemente doentes, dependem da população do hospital, quantidade de cirurgias, grau do compromisso de cuidados intensivos pela administração do hospital, pelos médicos e enfermeiros, e dos recursos institucionais.
Uma UTI deve existir com no mínimo cinco leitos, em hospitais com capacidade para cem ou mais leitos. A instalação com menos de cinco leitos torna-se impraticável e extremamente onerosa, com rendimento insatisfatório em termos de atendimento. Estabelecimentos especializados em cirurgia, cardiologia e em emergência devem fazer cálculo específico.
O ideal considerado do ponto de vista funcional, são oito a doze leitos pôr unidade. Caso se indique maior número de leitos, esta deve ser dividida em subunidades. Esta divisão proporciona maior eficiência de atendimento da equipe de trabalho.
Forma da Unidade
A disposição dos leitos de UTI podem ser em área comum (tipo vigilância), quartos fechados ou mista.
A área comum proporciona observação contínua do paciente, é indicada a separação dos leitos pôr divisórias laváveis que proporcionam uma relativa privacidade dos pacientes.
As unidades com leitos dispostos em quartos fechados, devem ser dotados de painéis de vidro para facilitar a observação dos pacientes. Nesta forma de unidade é necessário uma central de monitorização no posto de enfermagem, com transmissão de onda eletrocardiógrafa e freqüência cardíaca.
Unidades com quartos fechados proporcionam maior privacidade aos pacientes, redução do nível de ruído e possibilidade de isolamento dos pacientes infectados e imunossuprimidos.
A unidade mista combina os dois tipos de forma e tem sido adotada com bons resultados.
Salas de isolamento é recomendável e cada instalação de saúde deve considerar a necessidade de salas de isolamento compressão positiva e negativa nestas salas. Esta necessidade, vai depender, principalmente da população de pacientes e dos requisitos do Departamento de Saúde Pública.
ÁREA DE INTERNAÇÃO
Área de Pacientes
Os pacientes devem ficar localizados de modo que a visualização direta ou indireta, seja possível durante todo o tempo, permitindo a monitorização do estado dos pacientes, sob as circunstâncias de rotina e de emergência. O projeto preferencial é aquele que permite uma linha direta de visão, entre o paciente e o posto de enfermagem.
Os sinais dos sistemas de chamada dos pacientes, os alarmes dos equipamentos de monitorização e telefones se somam à sobrecarga auditiva nas U.T.Is. O Conselho Internacional de Ruído, tem recomendado que o nível de ruídos nas áreas de terapia aguda dos hospitais não ultrapassem 45dB(A) durante o dia, 40dB(A) durante a noite e 20dB(A) durante a madrugada. Tem-se observado que o nível de ruído na maioria dos hospitais esta entre 50 e 70dB(A) e, em alguns casos ocasionais, acima desta faixa. Pôr estas razões, devem ser utilizados pisos que absorvam os sons, levando-se em consideração os aspectos de manter o controle das infecções hospitalares, da manutenção e movimentação dos equipamentos. As paredes e os tetos devem ser construídos de materiais com alta capacidade de absorção acústica. Atenuadores e defletores nos tetos podem ajudar a reduzir a reverberação dos sons. As aberturas das portas devem ser defasadas para reduzir a transmissão dos sons.
Posto de Enfermagem
O posto de enfermagem deve ser centralizado, no mínimo um para cada doze leitos e prover uma área confortável, de tamanho suficiente para acomodar todas as funções da equipe de trabalho, com dimensões mínimas de 8m2. Deve haver iluminação adequada de teto para tarefas específicas, energia de emergência, instalação de água fria, balcão, lavabo, um sistema funcional de estocagem de medicamentos, materiais e soluções e um relógio de parede deve estar presente.
Espaço adequado para terminais de computador e impressoras é essencial quando forem utilizados sistemas informatizados. Deve ser previsto espaço adequado para se colocar os gráficos de registros médicos e de enfermagem. Os formulários de registro médicos e impressos devem estar armazenados em prateleiras ou armários de modo que possam ser facilmente acessados pôr todas as pessoas que requeiram o seu uso.
Sala de Utensílios Limpos e Sujos
Devem ser separadas e que não estejam interligadas. Os pisos devem ser cobertos com materiais sem emendas ou junções, para facilitar a limpeza.
A sala de utensílios limpos é utilizada para armazenar suprimentos limpos e esterilizados, podendo também acondicionar roupas limpas. Prateleiras e armários para armazenagem devem estar em locais acima do solo, facilitando a limpeza do piso.
A sala de materiais sujos (expurgo), deve ser localizada fora da área de circulação da unidade. Pode ter uma pia e um tanque, ambos com torneiras misturadoras de água fria e quente para desinfecção e preparo de materiais. Deve ser projetada para abrigar roupa suja antes de encaminhar ao destino, dispor de mecanismos para descartar itens contaminados com substâncias e fluidos corporais. Recipientes especiais devem ser providenciados para descartar agulhas e outros objetos perfurocortantes. Para desinfecção dos materiais não descartáveis é necessário dois recipientes com tampa, um para materiais de borracha e vidro e outro para materiais de inox , ou uma máquina processadora.
Banheiro de Pacientes
Localizado na área de internação da unidade (geral) ou anexo ao quarto (isolamento). Todos os banheiros e sanitários de pacientes internados devem ter duchas higiênicas e chuveiro.
Copa de Pacientes
Local destinado ao serviço de nutrição e dietética, sendo receptora e distribuidora das dietas dos pacientes da unidade. Deve ter pia, geladeira e lixo específico para desprezar restos de alimentos.
Sala de Serviços Gerais
Destinada a guarda de materiais e soluções utilizadas na limpeza e desinfecção da Unidade. Deve ser provida de tanque e prateleiras suspensas.
Sala de Procedimentos Especiais
Sua localização deve ser dentro, ou adjacente à UTI, podendo atender diversas U.T.Is. próximas. Deve ser de fácil acesso, o tamanho suficiente para acomodar os equipamentos e as pessoas necessárias. As capacidades de monitorização, equipamentos, serviços de apoio e condições de segurança devem ser compatíveis com serviços fornecidos pela UTI. As áreas de trabalho e armazenamento devem ser adequados o suficiente para manter todos os suprimentos necessários e permitir o desempenho de todos os procedimentos sem que haja a necessidade da saída de pessoas da sala.
Armazenamento de Equipamentos
Uma área para guardar os equipamentos que não estão em uso ativo, deve ser planejada. A localização deve ser de fácil acesso e espaço adequado para pronta localização e remoção do equipamento desejado. Deve ser previsto tomadas elétricas aterradas em número suficiente para permitir a recarga dos equipamentos operados a bateria.
Laboratório
Todas as U.T.Is. devem ter serviço de laboratório clínico disponível vinte e quatro horas pôr dia. Quando o laboratório central do hospital não puder atender as necessidades da UTI, um laboratório satélite deve ser capaz de fornecer os testes químicos e hematológicos mínimos, incluindo análises de gases do sangue arterial.
Sala de Reuniões
Uma área distinta ou separada próxima de cada U.T.I. ou de cada grupo de U.T.Is., deve ser projetada para observar e armazenar as radiografias, estudar e discutir os casos dos pacientes. Um negatoscópio ou carrossel de tamanho adequado deve estar presente para permitir a observação simultânea de uma série de radiografias.
Área de Descanso dos Funcionários
Uma sala de descanso deve ser prevista em cada U.T.I. ou grupamento de U.T.Is, para prover um local privado, confortável e com ambiente descontraído. Deve existir sanitários masculinos e femininos dotados de chuveiro e armários. Uma copa com instalações adequadas para armazenamento e preparo de alimentos, incluindo uma geladeira, um fogão elétrico e ou forno microondas. A sala de descanso precisa estar ligada à U.T.I. pôr um sistema de intercomunicação.
Conforto Médico
Deve ser próximo à área de internação, de fácil acesso, com instalações sanitárias e chuveiro. A sala deve ser ligada à U.T.I. pôr telefone e ou sistema de intercomunicação.
Sala de Estudos
Uma sala de estudos para equipe multidisciplinar da U.T.I. deve ser planejada para educação continuada, ensino dos funcionários ou aulas multidisciplinares sobre terapia dos pacientes. Deve estar previsto recursos audiovisual, equipamentos informatizados interativos para auto aprendizado e referências médicas, enfermagem e outros.
Recepção da U.T.I.
Cada U.T.I. ou agrupamento de U.T.Is. deve ter uma área para controlar o acesso de visitantes. Sua localização deve ser planejada de modo que os visitantes se identifiquem antes de entrar. Pôr ser uma unidade de acesso restrito é desejável que a entrada para os profissionais de saúde, seja separada dos visitantes e um sistema de intercomunicação com as áreas da U.T.I. efetivo.
Sala de Espera de Visitantes
Área indispensável, deve ser localizada próximo de cada U.T.I. ou agrupamento de U.T.Is., destinada aos familiares de pacientes, enquanto aguardam informações ou são preparados para visita na unidade. O acesso de visitantes deve ser controlado pela recepção. Um bebedouro e sanitários devem ser localizados dentro da área ou próximo a ela. São desejáveis para este ambiente cores vivas, carpete, janelas, iluminação indireta e suave. Deve ser previsto telefones públicos, sofás, cadeiras retas e reclináveis, terminais de circuito interno de TV e materiais educativos.
Rota de Transporte de Pacientes
Os corredores utilizados para transportar os pacientes quando possível, devem ser separados dos utilizados pelos visitantes. O transporte dos pacientes deve ser rápido e a privacidade preservada. Quando necessário o uso de elevadores, deve ser previsto um tamanho superdimensionado e separado do acesso público.
Corredores de Suprimento e Serviço
Para suprir cada U.T.I. deve ser planejado um corredor com 2,4 metros, portas com abertura no mínimo 0,9 metros, permitindo fácil acesso. A circulação exclusiva para itens sujos e limpos é medida dispensável. O transporte de material contaminado pode ser através de quaisquer ambiente e cruzar com material esterilizado ou paciente, sem risco algum, se acondicionado em carros fechados, com tampa e técnica adequada. O revestimento do piso deve ser resistente a trabalho pesado e permitir que equipamentos com rodas se movam sem dificuldades.
Secretaria Administrativa
É uma área recomendável, adjacente à U.T.I., para pessoal da administração médica e de enfermagem. Espaços adicionais para secretarias podem ser alocados para pessoal de desenvolvimento, especialistas clínicos e serviço social, quando aplicável. A habilidade de colocar estes profissionais nas proximidades de uma U.T.I. pode facilitar a abordagem do gerenciamento dos pacientes pôr um grupo amplo e integrado.
Módulo de Pacientes
Os módulos dos pacientes devem ser projetados para apoiar todas as funções necessárias de saúde. A área de cada leito deve ser suficiente para conter todos os equipamentos e permitir livre movimentação da equipe para atender às necessidades de terapia do paciente.
Segundo as Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistênciais de Saúde, o quarto fechado para adulto ou adolescente deve ter dimensão mínima de 12 m2, com distância de 1,0 metro entre paredes e leito, exceto cabeceira. A área coletiva deve ter dimensões mínimas para 10 m2, distância de 1,0 metro entre paredes e 2,0 metros entre leitos. O quarto de isolamento é recomendável, deve ser dotado de banheiro privativo e de área específica para recipientes estanques de roupa limpa e suja e de lavatório. Na ausência de isolamento, o quarto privativo tem flexibilidade para, sempre que for requerida proteção coletiva, operar como isolamento.
Cada módulo de U.T.I. deve ter um alarme de parada cardíaca interligado no posto de enfermagem, sala de reuniões, sala de descanso dos funcionários e demais salas com chamada.
No projeto da U.T.I. um ambiente que minimize o stress do paciente e dos funcionários deve ser planejado, incluindo iluminação natural e vista externa. As janelas são aspectos importantes de orientação sensorial e o maior número possível das salas deve ter janelas para indicação de dia/noite. Para controlar o nível de iluminação pode utilizar cortinas, toldos externos, vidros pintados ou reflexivos.
Outros recursos para melhorar a orientação sensorial dos pacientes pode incluir a provisão de calendário, relógio, rádio, televisão e ramal telefônico. A instalação de T.V. deve ficar fora do alcance dos pacientes e operados pôr controle remoto.
As considerações de conforto devem incluir métodos para estabelecer a privacidade dos pacientes. O uso de persianas, cortinas, biombos e portas controlam o contato do paciente com a área ao redor. Uma poltrona deve estar disponível a beira do leito para visita de familiares. A escolha das cores das paredes proporcionam descanso e propicia ambiente tranqüilo.
Utilidades
Uma U.T.I. deve ter recursos que propiciem segurança para os pacientes e funcionários sob condições normais e de emergência. Cada unidade deve ser provida de eletricidade, água, vácuo clínico, oxigênio, ar comprimido e devem atender as normas mínimas ou os códigos dos agentes reguladores ou credenciadores. Os serviços de utilidades podem ser fornecidos pôr uma coluna montada no teto, no solo ou livre. Quando localizadas adequadamente permitem fácil acesso a cabeceira do paciente, facilitando atendimento de urgência. Se o sistema de colunas não for viável, os serviços de utilidades podem ser fornecidos no painel de cabeceira.
1 - Energia Elétrica
Na U.T.I. existem diversos equipamentos eletro-eletrônicos de vital importância na sustentação de vida dos pacientes, que são utilizados na monitorização de parâmetros fisiológicos ou pôr ação terapêutica, integrados ao suprimento de gases. Estas instalações devem ter sua alimentação chaveada para fonte de emergência que rapidamente reassume a alimentação no caso de quedas de energia elétrica, devendo garantir o suprimento nas 24 horas. O número de tomadas sugerido é de no mínimo onze por leito, sendo desejável dezesseis, ambas com voltagem de 110 e 220 volts e adequadamente aterradas. As tomadas na cabeceira devem ser localizadas a aproximadamente 0,9 metros acima do piso para facilitar a conexão e a retirada através do corpo do conector. Deve dispor também de acesso à tomada para aparelho transportável de raios X, distante no máximo 15m de cada leito.
2 - Iluminação
Além da iluminação natural, deve ter iluminação geral de teto para realização das atividades e registro pela equipe de trabalho e conforto do paciente, não excedendo 30 pé-vela(fc). A iluminação noturna quando em uso contínuo não deve exceder 6,5 fc, ou para períodos curtos 19 fc. É desejável uma lâmpada de leitura para o paciente e não deve exceder 30 fc. Iluminação específica para procedimentos e urgência devem ser colocados diretamente acima do paciente com pelo menos 150 fc.
3 - Abastecimento de água
A fonte de água deve ser certificada, especialmente se forem realizadas hemodiálise. As instalações de pias e lavatórios deve ser prevista para lavagem das mãos nos locais de manuseio de insumos, medicamentos e alimentos, próximo a entrada dos módulos de pacientes ou entre cada dois leitos em U.T.I. tipo vigilância. Os lavatórios devem ser largos e profundos o suficiente para evitar respingos, ser equipados com torneiras que dispensa o contato com as mãos contaminadas, preferencialmente acionadas pôr pés, joelhos, cotovelos ou sensores. Em cada lavatório deve ser instalado dispensador para sabão líquido e anti-sépticos, acionado sem tocar as mãos e toalheiros para papel descartável. Estes são componentes críticos para o controle de infecções hospitalares.
Quando um banheiro é incluído num módulo de paciente, ele deve ser equipado com dispositivo para limpeza de comadres e papagaios, Com instalação de água quente e fria e uma ducha com controle pôr pés.
4 - Sistema de gases e vácuo
O suprimento de oxigênio, ar comprimido e vácuo devem ser mantidos nas 24 horas. É recomendado duas saídas de oxigênio pôr leito no mínimo e uma saída de ar comprimido, porém, é desejável haver duas. As saídas para oxigênio e ar comprimido devem ser feitas pôr conexões apropriadas para cada gás, evitando troca acidental. Um sistema de alarme pôr pressão alta e baixa de gases devem ser instalados em cada U.T.I. e no departamento de engenharia do hospital.
É preconizado dois pontos de vácuo pôr leito, porém, é recomendável três pontos. O sistema de vácuo deve manter mínimo de 290mmHg, se redução abaixo de 194mmHg os alarmes audíveis e visuais são acionados.
5 - Renovação de ar áreas críticas
Ar de qualidade segura e satisfatória deve ser mantido durante todo o tempo. São exigidos no mínimo seis trocas de ar pôr hora, sendo que duas trocas devem ser com ar externo. Todas as entradas e ar externas devem ser localizadas o mais alto possível, em relação ao nível do piso e possuir filtros de grande eficiência.
O ar condicionado e o aquecimento devem ser previstos visando assepsia e conforto para os pacientes e equipe de trabalho, pôr isso devem passar pôr sistemas de filtragens apropriados. A tomada de ar deve respeitar distancia mínima de 8,0 m de locais onde haja emanação de agentes infecciosos ou gases nocivos. Para unidades de terapia críticas com módulos fechados para pacientes, a temperatura deve ser ajustada individualmente, com variação de 24 a 26ºC, umidade relativa do ar de 40 a 60%.

Tipos de Dieta

Nutrição
 Dietas Hospitalares
De acordo com a finalidade, as dietas são classificadas em:
- Dietas de Rotina
- Dietas especiais
 
1- Dietas de Rotina
- Dieta Líquida
tem consistência líquida e requer o mínimo de trabalho digestivo. Usada nas disfagias, desconforto gastro intestinal, dificuldade de mastigação e deglutição e nos pré e pós-operatórios.
Alimentos permitidos: água, chá, gelatinas, sucos, vitaminas de frutas, caldos, sopas liquidificadas, mingau ralo.

- Dieta Leve
Tem consistência semi líquida. Usada nos pré e pós-operatórios e distúrbios gastrointestinais.
Alimentos permitidos: caldos, sopas, carnes, verduras, legumes (bem cozidos e em forma de purê), arroz, frutas macias, gelatinas e pudins.

- Dieta Branda
Constituída de alimentos bem cozidos, restrita em celulose e alimentos fermentáveis. Usadas nos pré e pós-operatórios e em transição para a dieta geral.

- Dieta Pastosa
Usada principalmente em casos onde há dificuldade de mastigação e deglutição.
Alimentos permitidos: todos com consistência pastosa cremosa (purês, sopas cremosas, arroz bem cozido, papa de bolacha, pudins, frutas cozidas, etc.)

- Dieta Geral, Livre ou Voluntária
Usada nos casos em que o paciente pode receber qualquer tipo de preparação e alimentos variados sem restrições, de acordo com sua tolerância.

2- Dietas Especiais
- Dieta para Diabéticos/Hipocalórica
Dieta para pessoas que não podem comer açúcar, sendo necessário controlar os alimentos energéticos: arroz, batata, pão e massa.
São proibidos:
- alimentos e bebidas que contenham açúcar
- alimentos gordurosos e frituras em excesso.

- Dieta Hipercalórica
Dieta com o objetivo de fornecer mais energia. Deve ser oferecida maior quantidade de arroz, massa, doces.

- Dieta Obstipante ou Sem Resíduos
Para pacientes com diarréia. Não podem comer verduras cruas ou cozidas, legumes, frutas cruas, frituras e alimentos gordurosos, leite e derivados, doces (só gelatina) e sucos de frutas (com exceção do limão, maçã e goiaba)

- Dieta Laxativa ou Com Resíduos
Para pacientes com intestino preso. Devem comer maior quantidade de verduras, legumes, frutas (laranja, mamão, ameixa) e líquidos.

- Dieta Hiperproteíca
Contém maior quantidade de proteínas. Oferecer leite, gelatina, carne, iogurte, queijos e ovos.

- Dieta Hipoproteíca
Contém menor quantidade de proteínas.

- Dieta Hipogordurosa (para pessoas com problemas de fígado)
Contém pouca quantidade de gordura. São proibidos: manteiga, margarina, queijo, iogurte, leite (só desnatado), frituras e alimentos gordurosos.

- Dieta Hipossódica
Dieta com controle de sódio e sal. São proibidos: pão francês, bolacha de água e sal, cream craker, queijos salgados e embutidos. Pode ser oferecido até 2g de sal em sache.

- Dieta Assódica ou Sem Sal
Dieta preparada sem adição de sal no cozimento dos alimentos.

Arrumação do leito



1 - Definição Cama aberta
- quando esta ocupada por paciente;
2 - Cama fechada - quando o leito esta vago;
3 - Cama de operado - quando esta aguardando o retorno do paciente do centro cirúrgico.

NORMAS

- O leito dever ser trocado quantas vezes forem necessárias durante o plantão;
- O leito dever ser preparado de acordo com a sua finalidade;
- Abrir portas e janelas antes de iniciar o trabalho;
- Utilizar lençóis limpos, secos e sem pregas;
- Caso os lençóis sejam reutilizados, não deixar migalhas, fios de cabelos;
- Observar o estado de conservação dos colchões e travesseiros;
- Não sacudir as roupas de cama;
- Não arrastar as roupas de cama no chão.


1- PREPARO DO LEITO COM O PACIENTE (Cama Aberta)

Material

01 travesseiro,
02 lençóis,
01 cobertor (se necessário),
01 fronha,
01 lençol para fralda,
01 rolo para costas (se necessário),
Camisola ou pijama,
01 forro.

Técnica

- Lavar as mãos;
- Colocar a roupa na mesa de cabeceira;
- Explicar o que se vai fazer ao paciente;
- Colocar o hamper próximo a cama;
- Desprender a roupa do leito, do lado do paciente e depois vir e ir soltando do outro lado;
- Colocar o travesseiro sem fronha na mesa de cabeceira;
- Colocar o paciente em decúbito dorsal protegido com o lençol de cima;
- Enrolar o forro e lençol de baixo separadamente, ate o meio da cama e sob o corpo do paciente;
- Substituir o lençol de baixo, e o forro, pela roupa limpa;
- Virar o paciente para o lado pronto, nunca expondo-o;
- Passar para o lado oposto;
- Retirar a roupa usada, retirar as luvas, e esticar os lençóis limpos, prendendo-os e fazendo os cantos;
- Colocar a fronha no travesseiro, acomodando o paciente;

Obs.: - Se o paciente for totalmente dependente, a troca de cama dever ser feita por duas pessoas.


2 - PREPARO DO LEITO SEM O PACIENTE (cama fechada)

Material

Luvas de procedimento,
02 Lençóis,
01 Travesseiro,
01 Fronha,
01 Forro,
01 Cobertor, (se necessário),
Hamper.

Técnica

- Lavar as mãos;
- Preparar o material;
- Colocar o material no carrinho de banho ou mesa de cabeceira;
- Retirar a roupa de cama suja e coloca-los no hamper próximo do leito;
- Desprezar as luvas;
- Estender o lençol sobre o leito, amarrando as pontas do lençol na cabeceira e nos pés;
- Estender o forro sobre o leito prendendo-o sob o lençol na parte mais próxima;
- Estender o viril e fazer uma meia dobra na cabeceira;
- Fazer o canto do viril nos pés da cama;
- Passar para o lado mais distante e proceder a arrumação do forro e virol;
- Colocar a fronha no travesseiro;
- Colocar o travesseiro na cama;
- Recompor a unidade;
- Lavar as mãos.


3 - PREPARO DO LEITO DE OPERADO

O leito do operado e igual ao leito fechado, mas com lençol dobrado em pregas, na cabeceira do leito próximo ao lençol móvel. Esse leito terá as roupas soltas nos pés, exceto o lençol de baixo. O lençol de cima, cobertor, e colcha deverá ser dobrado na parte da cabeceira e dos pés, deixando-os enrolados lateralmente.
Apos deitar o paciente operado, cobri-lo e prender as pecas da cama que estavam soltas fazendo os cantos.

Tipos de banho

Banhos

Tipos:
1- Aspersão - banho de chuveiro;
2- Imersão - banho na banheira;
3- Ablução - jogando pequenas porções de água sobre o corpo;
4- No leito - usado para pacientes acamados em repouso absoluto.
Objetivos:
- limpeza da pele e conforto do paciente;
- estímulo a circulação e prevenção de úlceras de pressão.
Material:
- material para higiene oral;
- bacia;
- balde;
- jorro com água morna;
- material para lavagem externa;
- luva de banho;
- sabonete;
- roupa de cama e de uso do paciente;
- luva de procedimento.
Cuidados importantes
- Retirar todo sabão ao enxaguar e enxugar corretamente para evitar irritação da pele (principalmente da região genital).
- Sempre que possível, orientar e estimular à higiene.
- Manter o diálogo e respeitar a privacidade.

Terminologia

ALGUMAS TERMINOLOGIAS 

ACEFALIA: anomalia do desenvolvimento caracterizado pela ausência de cabeça.
ACRO: relação com a extremidade do corpo.
ACROMEGALIA: doença caracterizada pelo aumento exagerado das extremidades (mãos e pés)
ADENO: glândula ou gânglio
AEROFAGIA: deglutição de ar
AFASIA: perda da palavra por alterações do centro nervoso
AFONIA: perda ou diminuicao da voz
AGENESIA: ausência ou desenvolvimento imperfeito de parte do corpo
ALGIA: dor regional
ALOPÉCIA: calvice, perda de pelos ou cabelos
AMBI: prefixo que significa dois, de dois lados
AMENORRÉIA: ausência ou supressão da menstruação
ANALGESIA: abolição da sensibilidade da dor
ANAMNESE: historia clinica do doente, aspecto subjetivo da doença
ANASARCA: edema generalizado
ANASTOMOSE: comunicação entre vasos, nervos. Ligação cirúrgica entre dois espaços normalmente separados.
ANEXITE: inflamação dos anexos uterinos
ANISOCORIA: diâmetro desigual das pupilas
ANOMALIA: irregularidade
ANOREXIA: falta de apetite
ANOSMIA: ausência do sentido do olfato
ANOXIA: ausência do sentido do olfato
ANTI: prefixo que significa contra
ANTIFLATULENTO: medicamento ou medida que combate a formação de gases intestinais. Contra a flatulência.
ANTIPIRETICO: medicamento ou medida que reduz a febre
ANTISSEPSIA: prevenção de infecção medida que inibe o crescimento ou destrói os microorganismos
ANURIA: diminuição ou ausência de secreção urinaria, ausência de urina
APATIA: indiferença afetiva, ausência de emoções
APLASIA: falta de desenvolvimento de um órgão
APNEIA: ausência de movimentos respiratórios
ARRITMIA: alterações do ritmo (cardíaco ou cerebral)
ARTRALGIA: dor articular
ASCITE: acumulo de líquidos serosos na cavidade abdominal
ASSEPSIA: ausência de matéria ou estado livre de infecção, livre de microorganismos
ASSISTOLIA: ausência de sístole, ausência de batimento cardíaco
ASTENIA: perda das forças do organismo, fraqueza
ATAXIA: incoordenacao motora
ATONIA:  tônus anormal, falta de rigor na contração
ATROFIA: diminuição da massa muscular e tegumentar, diminuição do tamanho de uma parte do corpo órgão, tecidos e células individuais provocado por deficiência nutricional
BIOPSIA: extirpação, retirada de um fragmento tecidual
BLENORRAGIA: qualquer corrimento mucoso, principalmente da uretra e vagina (gonorréia – obsoleto)
BLENORRÉIA: idem blenorragia
BLOQUEIO: interrupção da condução nervosa
BRANDI: prefixo que significa lento
BRADICARDIA: batimentos cardíacos lentos, abaixo de 60 bat/min.
BRADIPNÉIA: movimentos respiratórios lentos, freqüência respiratória menor que 16/min.
BRONCODILATADOR: medidas ou medicamentos que aumentam (dilatam) a luz brônquica, facilitando a respiração (melhora a troca gasosa)
BRONCOSCOPIA: exame que visualiza os brônquios por via oral ou abertura traqueal
CAQUEXIA: estado de desnutrição acentuada e progressiava
CARDIO: relativo à coração
CEFALÉIA: dor de cabeça
CERUME: secreção branco amarelada produzida pelas glândulas sebáceas de pele do conduto auditivo
CIANOSE: tom azulado da pele acompanhada da má oxigenação tecidual
CIFOESCOLIOSE: junção da cifose + escoliose = desvio da coluna vertebral
CIFOSE: desvio da curvatura da coluna vertebral para trás
CINESIA: movimento
CISTITE: inflamação da bexiga
CISTOSTOMIA: operação que consiste em abrir a bexiga (fistula vesical)
CLAUDICAÇÃO: mancar
CLISTER: enema, lavagem intestinal
COITO: relação sexual entre pessoas
COLICISTITE: inflamação da vesícula biliar
COLECTOMIA: retirada cirúrgica de parte ou total do cólon
COLPO: prefixo que significa vagina
COLPOCELE: hérnia ou tumor na vagina
CONSTIPAÇÃO: prisão de ventre, não evacuar por mais de três dias consecutivos
CONTUSÃO: contração ou série de contrações involuntárias dos músculos esqueléticos
COPRO: relativo à fezes
CORIZA: inflamação aquosa ou catarral da mucosa nasal
DACTILO: relativo a dedo
DEAMBULAÇÃO: marcha, andar
DEBILIDADE: falta ou perda da força muscular
DECÚBITO: posicionamento do corpo sobre um plano horizontal
DEFECAÇÃO: ato de evacuar
DERMA/ DERMO: relativo a pele
DERMATITE: inflamação da pele
DESBRIDAMENTO: retirar tecido necrosado, células mortas
DESTRO:  direito, a direita
DIPLEGIA: paralisia de duas partes homólogas do corpo, paralisia bilateral
DIPLOPIA: imagem visual dupla
DISARTRIA: dificuldade de articular as palavras, geralmente por lesão bulbar
DISCINESIA: dificuldade de movimento – motilidade voluntária deficiente ou inadequada
DISFAGIA: dificuldade de deglutir / engolir
DISPEPSIA: dificuldade de digestão alimentar
DISPLASIA: anomalia do desenvolvimento
DISPNÉIA: respiração difícil ou irregular, falta de ar
DISÚRIA: micção difícil ou dolorosa
ECTOMIA: indica extirpar, retirar cirurgicamente uma parte
EDEMA: acumulo de liquido no terceiro espaço, acumulo de líquidos nos tecidos
EMBOLIA: oclusão ou obstrução de um vaso sanguineo por um êmbolo
ÊMESE: vomito
EMPIEMA: pus na cavidade pleural, ou num órgão oco
ENCEFALITE: inflamação do encéfalo;
ENDOVENOSO/INTRAVENOSO: dentro do vaso venoso, liquido dentro da veia
ENEMA: liquido injetado no reto com a finalidade de limpeza
ENFISEMA: modificação anatômica dos pulmões, caracterizada por acumulo de espaços aéreos nas unidades respiratórias funcionais, destruindo as paredes dos alvéolos
ENJÔO: náusea
ENTERO: relativo a intestino
ENTERORRAGIA: hemorragia intestinal
ENURESE: incontinência urinaria noturna
ENXAQUECA: cefaléia vascular súbita e recorrente
EPIGASTRALGIA: dor na região epigástrica (na região estomacal)
EPILEPSIA: transtorno cerebral caracterizado por descarga neuronal e manifesta-se por episódios de inconsciência e espasmos musculares involuntários.
EPISTAXE:  sangramento nasal
EQUIMOSE: mácula arroxeada resultado de extravasamento de sangue no tecido conjuntivo por rotura capilar
ERITEMA: rubor cutâneo, vermelhidão na pele
ESCABIOSE: sarna
ESCARA: lesão de pele produzida geralmente por pressão nos tecidos. Isquemia tecidual, que compromete todas as camadas da pele e até músculos.
ESCARRO: secreção expelida pela boca proveniente da arvore traqueobrônquica, pode ser mucosa, purulenta ou sanguinolenta (hemoptise)
ESCOLIOSE: desvio lateral da coluna vertebral
ESCORIAÇÃO: lesão superficial da pele, “esfolar”
ESCOTOMIA: um ponto cego mental, visão de imagens “estrelinhas, ou luzes”
ESPASMOS: contração muscular involuntária
ESPLENOMEGALIA: aumento do baço
ESTASE: parada do fluxo sanguíneo
ESTEATORRÉIA: presença de gordura nas fezes
ESTENOSE: estreitamento patológico de um orifício ou canal
ESTOMA: abertura, “boca”
ESTOMATITE: inflamação da mucosa bucal
ESTRIA: pequena faixa
ETILISMO: alcoolismo
EVISCERAÇÃO: extração das vísceras
EXANTEMA: erupção cutânea
EXERESE: remoção cirúrgica
EXTRASSÍSTOLE / EXTRA-SÍSTOLE: batimento cardíaco prematuro “extra”
FADIGA: exaustão das forcas, cansaço
FECALOMA: tumor fecal, impactação das fezes
FISSURA: qualquer fenda ou canal que ocorre numa parte de um órgão. Rachadura da pele
FISTULA: comunicação anormal congênita ou adquirida entre duas superfícies, ou entre uma víscera e outra estrutura.
FLACIDEZ: estado de um órgão que perde sua consistência e sua tonicidade
FLANCO: parte muscular da região abdominal compreendida entre as costelas e o quadril lateralmente
FLATO: gases do trato gastrintestinal
FLATULENCIA: distensão abdominal provocada por gases intestinais
FLEBITE: inflamação de uma veia
FLEBO: veia
FLEBOTOMIA: sangria, dissecação de veia, abertura num vaso venoso
FLICTEMA: bolha
FLOGISTICO: sinal de inflamação (calor, rubor, dor)
FOBIA: medo
FREMITO: estremecimento, vibração perceptível
FURUNCULO: inflamação supurada do tecido pilossebáceo
GASTRO: relativo a estomago
GASTROSTOMIA: operação cirúrgica que consiste em abrir o estomago
GERIATRIA: ramo da medicina que estuda e trata as doenças dos idosos
GINECOMASTIA:  hiperplasia, aumento anormal das mamas no homem
GLICEMIA: presença de glicose no sangue; taxa de glicose no sangue
GLICOSURIA: presença de glicose na urina
GLOSSITE: inflamação da língua
GLOSSITE: inflamação da língua
GLOSSO: língua
HALITOSE: mau hálito, odor fétido
HALLUX / HALUX: primeiro artelho do pé, o grande artelho
HEMATEMESE: vomito de sangue
HEMATOMA: derrame de sangue intracutâneo
HEMATURIA: presença de sangue na urina
HEMI: metade
HEMIPARESIA: fraqueza muscular em metade do corpo, paralisia parcial
HEMIPLEGIA: paralisia total em metade do corpo
HEMITÓRAX: um lado do tórax
HEMÓLISE: dissolução de eritrócitos com liberação de hemácias
HEMOPTISE: expectoração de sangue no escarro
HEMOSTASIA: deter uma hemorragia, deter um fluxo sanguineo
HEMOTÓRAX: presença de sangue na cavidade pleural
HEPATOMEGALIA: aumento do fígado
HETERO: diferente, desigualdade
HIATO: fenda, abertura
HIDRO: presença de água ou de outro liquido numa parte do organismo
HIDROCEFALIA: condição caracterizada por excessivo acumulo de liquido que dilata os ventrículos cerebrais
HIDROFOBIA: medo de agua
HIDRONEFROSE: acumulo de água (liquido) na pelve e cálice renais causando dilatação das mesmas.
HÍGIDO: sadio, são
HIPER: aumento, mais, maior
HIPERTENSÃO: aumento de pressão, tensão aumentada
HIPERTERMIA: febre
HIPERTROFIA: aumento do volume de um tecido
HIPO: pouco, menor, diminuído
HIPOCARDIA / HIPOCAPNIA: diminuição da concentração de dióxido de carbono no sangue arterial
HIPOCONDRIO: região lateral e superior do abdome, situada abaixo do limite normal
HIPOGLICEMIA: diminuição da taxa de glicose no sangue
HIPOTENSÃO: tensão diminuída
HIPOTERMIA: diminuição ou queda da temperatura do corpo, abaixo do limite normal
HIPOXEMIA: oxigenação deficiente do sangue
HIPÓXIA: redução do teor de oxigênio no sangue
IATROGENIA: atividade ou ato medico sobre o paciente
IDIOPÁTICO: que é de origem desconhecida
IMOBILIZAÇÃO: imóvel, não se movimentar
INCISÃO: corte, divisão das partes moles com instrumento cortante
INCONSCIENCIA: privação da consciência
INCONTINENCIA: incapacidade de reter uma excreção natural
INFECÇÃO: invasão do corpo por microorganismos patogênicos e causando uma reação dos tecidos.
INGESTÃO: ato de ingerir, engolir
INTER: entre, no meio de
INTUBACAO: inserção de um tubo na cavidade do organismo
ISOCORIA / ISOCÓRICA: pupilas com o mesmo diâmetro
ISOTONIA: resistência normal ou uniforme, igualdade de tono
ISQUEMIA: deficiência de sangue localizada ou generalizada e temporária
JEJUNOSTOMIA: operação cirúrgica que consiste na abertura de uma alça intestinal (jejuno), para alimentar o doente.
LÁPARO: relativo a abdome
LARINGO: relativo a laringe
LATENCIA: estado de inativação aparente
LAXATIVO: laxante, purgativo
LESÃO: qualquer alteração patológica, orgânica ou funcional dos tecidos
LETARGIA: estado de inconsciência profunda e prolongada do qual o individuo sai quando excitado
LEUCOPENIA: diminuição do numero de leucócitos no sangue
LEUCORRÉIA: saída pela vagina corrimento liquido branco ou amarelado mais ou menos viscoso contendo muco e células de pus (mucopurulenta)
LIBIDO: energia psíquica associada ao intestino e vontade sexual
LINFA: liquido incolor que circula nos vasos linfáticos.
LIPEMIA: presença de lipides (gordura) no sangue
LIPOMA: tumor de tecido gorduroso
LISE: dissolução, quebra
LITIASE: formação de cálculos
LITO: calculo ou pedra
LITOTOMIA: cirurgia que consiste em remover cálculos
LOBECTOMIA: excisão de um lobo
LÓBULO: pequeno lobo
LOMBALGIA: dor na região lombar
LORDOSE: desvio de coluna vertebral, convexidade anterior
LUXAÇÃO: deslocamento de uma parte da articulação dos ossos
MÁCULA: mancha na pele
MELENA: fezes enegrecidas de odor fétido, por hemorragia digestiva.
MENOPAUSA: cessação das regras menstruais
METÁSTASE: disseminação de um tumor maligno em outra região, diferente do local primário de origem
MIALGIA: dor muscular
MIASTENIA: astenia muscular, fadiga muscular
MIDRIASE: dilatação da pupila
MIÍASE: infestação nos tecido por larvas de moscas (insetos dípteros)
MIOMA: tumor formado por tecido muscular liso ou estriado
MIOSE: diminuição  ou contração das pupilas
NARCOSE: sono artificial, estado de esturpor induzido por medicamento narcótico
NAUSEA: enjôo, sensação desagradável que antecede o vomito (emese)
NEBULIZAÇÃO: vaporização, conversação de um liquido em partículas finas (nuvem)
NECRÓPSIA: necroscopia, autópsia
NECROSE: morte patologica de uma célula ou tecido em contado com tecido vivo
NEFRO: relativo à rim
NEO: relativo à novo
NEOPLASIA: formação de tecido novo
NEURO: relativo á nervo, tecido nervoso
NEVO / NEVUS: defeito cutâneo congênito produzido por excesso de pigmentação
NICTURIA: micção freqüente a noite
NISTAGMO: movimentos oscilatórios do globo ocular
NOSOCOMIO: hospital
OBESIDADE: acumulo excessivo de gordura no corpo
OBNUBILACAO: estado de torpor, sonolência profunda
OBSESSÃO: idéia fixa, uma idéia domina o espírito
OBSTIPAÇÃO: constipação rebelde
OBSTRUÇÃO: acumulo de substancia sólida ou liquida no interior de um conduto, tornando-o não funcional
OLIGO: prefixo que indica pouco
OLIGURIA: pouca diurese, diminuição do débito urinário (inferior a 400 ml/dia)
ONICO: relativo a unha
OOFORO: relativo a ovário
ORQUITE: inflamação dos testículos
ORTOPNÉIA: dispnéia intensa que faz com que o paciente mude de posição – sentado ou em pé – para poder respirar melhor
OSTEO: relativo ao tecido ósseo
OSTEOMALÁCIA: amolecimento do tecido ósseo
OSTEOPOROSE: alteração óssea caracterizada pelo aumento ou diminuição da porosidade
OSTEOSSINTESE: síntese ou união das extremidades inferiores do corpo
OTITE: inflamação do ouvido
OTORRÉIA: secreção, derrame pelo ouvido de aspecto seroso ou purulento
PALPAÇÃO: método de exploração que consiste em aplicar os dedos e a mão com ligeira pressão na superfície corporal
PÁPULA: saliência eruptiva da pele, pequena e circunscrita
PARACENTESE: punção de uma cavidade com finalidade terapêutica e diagnostica
PARALISIA: perda da mobilidade, da sensibilidade de uma parte do corpo
PARAPLEGIA: paralisia de ambas extremidades inferiores do corpo
PARENTERAL: medicamento que se introduz no organismo por via não digestiva. Vias endovenosa, intramuscular, arterial, intradérmica etc.
PARESIA: perda incompleta de força muscular, fraqueza de um membro.
PATELA: rótula
PATOGENIA: origem e evolução de uma doença
PEDICULOSE: lesões cutâneas causadas por piolhos
PERCUSSÃO: processo de exploração que consiste no bater na parede da cavidade e apreciar os sons produzidos por órgãos nela contido
PERFUSÃO: passagem de liquido através de um órgão
PERICARDITE: inflamação do pericárdio
PERISTALSE: movimentos fisiológicos de contração do tubo digestivo
PEXIA: fixação
PIELO: pelve renal
PIONEFROSE: coleção de pus na pelve renal
PIROSE: azia, sensação de queimação, ardor no estomago
PIÚRIA: presença de pus na urina
PLASIA: formação, desenvolvimento celular
PLASTIA: cirurgia plástica
PLEGIA: paralisia
PLEURO: pleura
PNEUMO: pulmão
PNEUMOTORAX: acumulo de ar na cavidade pleural
POLACIURIA: micção freqüente em pouca quantidade
POLI: muito
POLIDACTILIA: existência de dedos extranuméricos nas mãos ou pés
POLIDPSIA: sede exagerada
PÓLIPO: tumor em mucosa
POLIURIA: micção abundante, aumento da freqüência urinaria
POSTECTOMIA: retirada do prepúcio, circuncisão
PROCTO: prefixo que significa reto ou ânus
PROEMINÊNCIA: projeção, saliência geralmente de tecido ósseo
PROFILAXIA: medidas para prevenir doenças ou enfermidades
PROLAPSO: saída ou queda de vísceras
PROPEDEUTICAS: ensino elementar de uma ciência
PROTESE: elemento de reposição de parte de um órgão
PRURIDO: coceira
PSEUDO: falso
PSEUDOARTROSE: falsa articulação
PSICOSE: perturbação do juízo e da adaptabilidade social
PTOSE: queda, descida ou deslocamento de um órgão
PÚSTULA: elevação cutânea, pequena e cheia de pus
QUELÓIDE: tumor cutâneo, hipertrofia de uma cicatriz
REGURGITAÇÃO: retorno alimentar do estomago ao esôfago
RETOCELE: prolapso ou hérnia do reto
RUBOR: hiperemia, vermelhidão cutânea com aumento da temperatura local
SEBORRÉIA: aumento da produção  das glândulas sebáceas caracterizado por excesso de Sebum
SEPSES: reação geral do organismo provocada por infecção generalizada
SEQUELA: condição mórbida conseqüente de outra lesão ou doença
SIALORRÉIA: fluxo exagerado de saliva
SIBILO: ruído respiratório soprante – chiado
SINCOPE: desfalecimento, desmaio, lipotimia
SISTOLE: fase de contração do coração
SUDORESE: suor em abundancia
TAQUICARDIA: aumento do numero de batimentos cardíacos acima de 100 p/min.
TAQUIPNÉIA: aumento da freqüência respiratória
TONTURA: sensação vaga de mal-estar, acompanhada de desequilíbrio
TORNIQUETE: deter temporariamente um sangramento através de garroteamento
TORPOR: falta de reação aos estímulos normais
TRAQUEOSTOMIA: cirurgia que consiste na abertura da traquéia
TROMBO: coagulo formado no interior do vaso sanguineo
TUMOR: tumefação, aumento de volume, massa persistente de tecido novo maior que 3 cm
ULCERA: interrupção da solução de continuidade, perda de tecido cutâneo (3 camadas)
UREMIA: presença de uréia (azoto ou nitrogênio) no sangue
URETRITE: inflamação da uretra
UROLITÍASE: formação de calculo urinário
VAGOTOMIA: secção do nervo vago
VENÓCLISE: injeção intravenosa
VIROSE: doença causada por vírus
VOLEMIA: massa de sangue. Sangue corrente
XEROFTALMIA: ressecamento e atrofia da conjuntiva ocular
ZUMBIDO: ruído continuo objetivo ou subjetivo.

Técnicas assépticas

A existência de microrganismos no ambiente justifica a aplicação de técnicas que reduzem o seu numero e propiciam maior segurança ao paciente e à equipe de saúde.
As infecções podem ser provocadas por causas ligadas ao meio ambiente, ao material, ao paciente e à equipe que o atende
O emprego das técnicas assépticas é fundamental no controle de infecções.

ANTI-SEPSIA
É o conjunto de meios empregados para impedir a proliferação microbiana.
 
AS PRINCIPAIS SOLUÇÕES SÃO:
PVPI (polivinilpirrolidona iodo)
-         Solução degermante: degermação das mãos e braços da equipe cirúrgica, descontaminação do campo operatório.
-         Solução alcoólica: anti-sepsia e demarcação do campo operatório.
-         Solução aquosa: anti-sepsia de mucosa, pele, e para cateterizacao (venosa, arterial, vesical), punção, biopsia, aplicações de injeções.

CLOROHEXIDINA
-         Solução degermante: idem
-         Solução alcoólica: idem
HEXACLOROFENO
-         Solução degermante: idem
ALCOOL IODADO 2%
-         Anti-sepsia de mãos e antebraços
-         Preparo da pele para cirurgia
-         Anti-sepsia da pele para curativo, biopsia, punção, aplicação de injeções.
AGUA OXIGENADA 10 VOLUMES
-         Limpeza e desinfecção de feridas
-         Remoção de matéria orgânica
-         Hemostático
-         Inibe os microrganismos anaeróbicos, mas não age em esporos
NITRATO DE PRATA 1%
-         Profilaxia da oftalmia gonocócica do recém nascido
-         Cicatrização de pequenas lesões
-         Facilita remoção de crostas, secante e desodorizante
VIOLETA DE GENCIANA
-         Combate infecções por fungos
TINTURA DE IODO
-         Anti-sepsia da pele
-         Desinfecção de feridas cutâneas
 
ASSEPSIA
É o processo pelo qual se consegue afastar os germes patogênicos de determinado local ou objeto.
A transmissão pode ser:
-         Direta: dispensa a participação de veículos, podendo ser através do beijo, relações sexuais, contato com a pele, por meio de secreções oronasais
-         Indireta: o microrganismo é transmitido mediante: materiais ou objetos contaminados: brinquedos, louças, talheres, roupas de cama, instrumentos cirúrgicos; alimentos, água, soro, sangue contaminados; ar: ocorre contaminação principalmente do trato respiratório, através da poeira e núcleos infecciosos (pequenos resíduos de evaporação de gotículas expelidas pelo hospedeiro infectado). Vetor: o microrganismo é transmitido por um organismo vivo.
Classifica-se a assepsia em:
a)      Cirúrgica: consiste no emprego de técnicas com o objetivo de não propagar microrganismos em local ou objeto estéril. Para tanto devemos:
-         não falar, tossir ou espirrar sobre material estéril;
-         não considerar estéril pacotes úmidos, sem data e abertos anteriormente;
-         abrir pacotes estéreis com técnica;
-         guardar os materiais em armários próprios, limpos, longe de poeira e insetos.
b)      Médica: adotam-se medidas para evitar ou diminuir a disseminação de microrganismos patogênicos de um individuo para outro, devendo ser usada em qualquer atividade ligada ao paciente e ao meio ambiente. Pratica-se esse tipo de assepsia através de medidas:
-         individuais: cada individuo deverá utilizar técnicas com a finalidade de se auto proteger e evitar ser o disseminador de microrganismos. As principais são: lavar as mãos com freqüência ao cuidar dos doentes, após chegar da rua, após assoar o nariz, antes das refeições, após eliminações. Cobrir a boca ao tossir ou espirrar; não utilizar objetos de uso individual usados por outras pessoas;
-         coletivas: empregam-se métodos visando atender à comunidade. Ex: saneamento básico, eliminação de insetos e roedores,  higiene ambiental, exame medico periódico, uso de papel toalha para as mãos;
-         hospitalares: utilizam-se praticas especiais que abrangem:
Medidas gerais: isolamento de pessoas com moléstias transmissíveis, limpeza terminal e concorrente, não sentar nas camas dos pacientes, não colocar materiais diretamente no chão (comadre, bacia).
Degermação: é remoção ou redução do numero de bactérias na pele por meio de limpeza mecânica (escova com sabão ou detergente), ou por aplicação de preparado químico.
Limpeza: consiste na lavagem com soluções detergentes ou desincrostantes, enxágüe e secagem do material;
Esterilização: é a destruição ou eliminação de todos os microrganismos na forma vegetante ou esporulada. O material limpo e seco poderá ser esterilizado por vapor saturado sob pressão (autoclave convencional, autoclave a alto vácuo), calor seco (estufas), gás químico (autoclave de oxido de etileno) ou preparações quimicas (solução de glutaraldeido 2%, solução de formaldeído aquoso 10%, solução de formaldeido alcoólico 8%, pastilha de paraformaldeido).
Desinfecção: é a destruicao ou inativação de microrganismos, patogênicos ou não, situados fora do organismo humano, não necessariamente matando os esporos. O processo de desinfecção pode ser realizado pelo calor (água em ebulição) ou por soluções químicas (álcool 70%, hipoclorito de sódio, fenol sintético e as soluções esterilizantes).
Observação: as soluções esterilizam quando os materiais ficam imersos 18 horas na solução de formaldeido ou 10 horas na glutaraldeido; essas mesmas soluções desinfetam o material em 30 minutos de imersão;
Descontaminação prévia: antes de iniciar o processo de limpeza, os artigos contaminados por matéria orgânica (sangue, pus, secreções corpóreas) são expostos a água fervente ou produto químico por 30 minutos; tem por finalidade proteger as pessoas que procederão à sua limpeza;
Desinfecção: é a destruição ou exterminação de insetos, roedores ou outros transmissores de infecções ao homem;
Sanificação: é a redução do numero de germes a um nível isento de perigo. As principais são o hipoclorito de sódio e as associações de quaternários de amônio.

MANUSEIO DE MATERIAL ESTERILIZADO
Ao manusear o material esterilizado com técnica asséptica, deve-se obedecer a algumas normas a fim de mantê-lo estéril:
-         é fundamental lavar as mãos com água e sabão antes de manusear o material esterilizado;
-         utilizar material com embalagem integra, seca, sem manchas, com identificação (tipo de material e data da esterilização);
-         trabalhar de frente para o material;
-         manipular o material ao nível da cintura para cima;
-         evitar tossir, espirrar, falar sobre o material exposto;
-         não fazer movimentos sobre a área esterilizada;
-         certificar-se da validade e adequação da embalagem;
-         trabalhar em ambiente limpo, calmo, seco e sem corrente de ar;
-         manter certa distancia entre o corpo e o material a ser manipulado;
-         obedecer os demais princípios de assepsia.
A técnica de enfermagem preconizada no manuseio de material esterilizado é:
a)      Pacote:
-         abri-lo, iniciando-se pela extremidade oposta ao manipulador;
-         proteger o material exposto com o campo esterilizado que o envolva;
-         tocar com as mãos somente na parte externa do pacote;
-         não guardar como material esterilizado um pacote aberto anteriormente;
b)      Seringa de vidro
-         abrir o pacote conforme explicação anterior;
-         manter estéril a parte interna do êmbolo, a parte interna do cilindro e a ponta da seringa;
-         pegar a seringa pela parte externa do cilindro e encaixar o êmbolo, segurando-o pela parte terminal.
c)      Seringa descartável
-         rasgar os invólucros no local onde se encontra a parte terminal do êmbolo;
-         manter estéril a parte interna do êmbolo, a parte interna do cilindro e a ponta da seringa.
d)      Agulha comum
-         escolher o calibre desejado (escrito no canhão da agulha);
-         retirar o algodão protetor do tubo de vidro, segurar o tubo e virá-lo  de encontro à ponta da seringa;
-         retirar o tubo e fixar adequadamente a agulha à ponta da seringa, através do canhão (única parte da agulha que pode ser manipulada);
-         manter a agulha protegida até o momento do seu uso.
e)      Agulha descartável:
-         abrir o invólucro no sentido canhão-bizel ou rasgar lateralmente próximo ao canhão;
-         fixa-la à ponta da seringa através do canhão;
manter a agulha protegida até o momento do seu uso.

Sonda nasogástrica

Sonda Nasogátrica
Definição:
A Sonda Nasogátrica é um tubo de polivinil que quando prescrito, deve ser tecnicamente introduzido desde as narinas até o estômago. Sua finalidade está associada à maneira com ficará instalada no paciente.
Objetivo da Sonda Nasogástrica:
A maneira como ela estará instalada determinará seu objetivo. Pode ser aberta ou fechada.
Sonda Nasogátrica Aberta:
Quando o objetivo é drenar líquidos intra-gástrico, a saber:
- esverdeado: Bile
- borra de café: bile + sangue
- sanguinolenta vivo
- sanguinolento escuro
- amarelado
Podemos exemplificar cirurgias onde no pós operatório se deseja o repouso do sistema digestivo e também em casos de intoxicação exógena, onde o conteúdo ingerido precisa ser removido rapidamente.
Sonda Nasogástrica Fechada
Utilizada com finalidade de alimentação, quando por alguma razão o paciente não pode utilizar a boca no processo de digestão. Ex: câncer de língua, anorexia, repouso pós- cirúrgico.
Material:
Bandeja contendo:
- Sonda Nasogástrica (também chamada de Levine) de numeração 10, 12, 14, 16, 18 (adulto)
- esparadrapo
- xilocaína gel
- gaze
- par de luvas
- seringa de 20cc
-estetoscópio
- copo com água
- toalha de rosto de uso pessoal
Caso a Sonda Nasogástrica seja aberta adicione:
-extensão
- saco coletor.
Técnica:
- explicar a procedimento ao paciente;
- colocá-lo em posição de Fowler;
- colocar a toalha sob o pescoço;
- calçar as luvas;
- abrir a sonda;
- medir o comprimento da sonda: da asa do nariz, ao lóbulo da orelha e para baixo até a ponta do apêndice xifóide. (FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM/ATKINSON).
- marcar o local com o esparadrapo;
- passar xilocaína gel aproximadamente uns 10 cm;
- introduzir a sonda s por uma das narinas;
- flexionar o pescoço aproximando ao tórax, pedindo ao paciente para realizar movimentos de deglutição;
- introduzir a sonda até o ponto do esparadrapo;
- fazer os 3 testes: pegar a ponta da sonda e colocá-la em um copo com água, se borbulhar, retirar a sonda, pois ao invés de estar no estômago, está no pulmão; pegar a ponta da sonda, encaixar a seringa e aspirar se vier líquido, a sonda está no lugar certo; pegar o estetoscópio e auscultar.

Puerpério

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO
  • Receber a paciente e acomodá-la no leito (cama de operado);
  • Sinais vitais devem ser verificados a cada 1 hora nas primeiras 6 horas e 4 vezes ao dia após isso;
  • Sono e repouso: adequado e sem interrupção, pois a mãe geralmente está exausta após o parto;
  • Exercícios: estimular deambulação precoce – após 6 horas para parto normal e após 24 horas para cesariana;
  • Higiene: banho por aspersão, higiene da vulva e períneo várias vezes por dia e após a micção e evacuação, usando água morna e sabão.  Os absorventes devem ser trocadas várias vezes ao dia.  A cabeça pode ser normalmente;
  • Alimentação: dieta geral, com ingestão de grande quantidade de líquidos.  Para as operadas a dieta deve ser progressiva;
  • Mamas: os mamilos devem ser limpos antes e após as mamadas, mantendo-os secos e protegidos.  Os seios devem ser mantidos erguidos, por meio de soutiens ou faixas.  Quando as mamas estiverem ingurgitadas faz-se aplicações de compressas quentes e esvaziamento da mama com bomba;
  • Observar:
  • Micção: pode haver retenção urinária nas primeiras horas após o parto;
  • Funcionamento intestinal: é comum a constipação;
  • Involução uterina;
  • Sangramento e lóquios;
  • Episiorrafia ou incisão cirúrgica;
  • Orientação de puérpera:
  • Cuidado consigo mesma;
  • Cuidados com o recém – nascido;
  • Volta gradativa as atividades;
  • A importância da higiene e aleitamento materno;
 Lóquios
   Secreção sero-sanguinolenta que sai pela vagina durante o puerpério.  Possuem odor “sui-generis” e seu volume total varia de 300 – 500 ml.  Desaparecem no final do 1º mês.
Tipos:
Vermelho ou rubro: até o 3º dia
Serosos (cor rosada): 4º e 5º dia
Amarelo ou flava: após 5º dia
Branco ou alba: em torno do 10º dia, desaparecendo pouco a pouco
 Lactação
   Após 24 horas, surge o colostro, que oferece à criança grande quantidade de anticorpos vindos da mãe.  O leite aparece após o 3º dia e a sucção é fator fundamental para a manutenção da lactação, pois estimula a liberação de ocitocina  que estimula a ejeção láctea.  A secreção láctea finda quando cessa a amamentação.  A mãe não deverá amamentar se estiver com febre ou se estiver fazendo uso de antibióticos e hormônios.

pré-natal

ASSISTENCIA PRÉ NATAL
Objetivos:
  1. Preparo físico e psicológico da gestante;
  2. Prevenir, identificar e tratar patologias que possam ocorrer durante a gestação;
  3. Controle obstétrico;
  4. Educação sanitária da gestante.
  A assistência pré-natal é a que se presta à gestante durante a gravidez.  Nessa ocasião é feito preparo pscológico para o parto e orientação da gestante quanto à normas que deve observar.
A assistência pré-natal visa fazer com que a gravidez transcorra normalmente e que o parto ocorra sem acidentes, bem como que sejam evitados padecimentos e mal formação para o feto.  Procura-se proteger a vida da mãe e da criança.
A mulher ao suspeitar de gravidez, deve procurar imediatamente o médico para ser feito o diagnóstico.
A gestante é submetida a exame clínico e o obstétrico variáveis na sua periodicidade, de acordo com orientação médica, rotinas e estado da cliente.  São feitos exames laboratoriais de urina, parasitologico de fezes, sorológico para Lues, contagem de hemoglobina, hematócrito, fator Rh, tipo sangüíneo e outros que se fizerem necessários.
O exame obstétrico se resume em:
  1. Mensuração
1.1 Altura uterina - do bordo superior da sífise púbica até o fundo uterino.
1.2 Circunferência abdominal - mede-se na altura do umbigo (90-92 cm no final).
  1. Ausculta do Foco fetal - é feita com esteto de Pinard (120-160 bat/min).
  2. Palpação - das partes fetais.
  3. Controle de peso e edema
  Na 1ª consulta a que é submetida a gestante, é realizado exames clínicos, obstétrico e ginecológico, histórico, exame de urina, sangue e fezes.  As consultas são mensais até 7 meses e meio de gravidez; da 30ª semana em diante são quinzenais; no último mês de gravidez são semanais.
Durante a gestação ocorrem várias mudanças e alterações me todo o organismo materno que vão exigir e solicitar da futura mamãe que adote certas medidas e procedimentos.
Para tanto, necessário se faz que a gestante tome conhecimento do seguinte:
Vestuário: as roupas da gestante devem ser apropriadas e confortáveis, folgadas na cintura.  Se necessário deverá usar meia elástica e cintas especiais.  Os sapatos de salto alto não são indicados, acentuam a curvatura da coluna.  Os sapatos mais recomendados são portanto os de salto baixo e médio.  Usar suporte para o seio, que não deve ser apertado.  O uso de ligas é contra-indicado.
Asseio: higiene íntima - deve ser feita com mais freqüência, porque as secreções aumentam na gestação.  Usar água e sabonete.  Não fazer lavagens vaginais, pois pode haver contaminação.
Banhos: devem ser diários, sendo os de chuveiro os mais recomendáveis.  Os banhos de imersão devem ser evitados quando há corrimento vaginal e não muito indicado por facilitar as quedas.
Abdômen: massagear a pele com creme ou óleo após o banho para evitar estrias e ressecamento.
Mamas: limpar os mamilos e as mamas com água e sabão e após secá-los, massageá-los com creme.  Mantê-las elevadas, mas não comprimidas.  Isso se consegue com uso de soutiens de alças curtas e bojos largos.
Dentes: usar escova macia e usar vitamina C com prescrição médica, para evitar sangramento gengivais.
Alimentação: a alimentação é importante para: desenvolvimento do feto, promoção de melhores condições dos tecidos da gestante durante e após o parto; atendimento das necessidades orgânicas da mãe durante a lactação.  A gestante precisará aumentar a ingestão de proteínas, vitaminas, cálcio e fósforo, iodo e ferro.  Deverá constar das dietas diárias: 1 litro de leite; carne uma vez pelo menos, de boi, galinha ou peixe; ovos, um ou dois alternados no mínimo; verduras cozidas e cruas; frutas, duas diferentes; água mais de três vezes.  Reduzir frituras e usar pouco condimento.
Intestinos: para evitar constipação intestinal, receber alimentação com frutas e verduras.
Controle de peso: é feito mensalmente com o intuito de suprir deficiências e evitar que o peso  excessivo venha a agravar complicações da gravidez e sobrecarregar o aparelho circulatório.  Durante a gestação a gestante deve ganhar de 10 a 12Kg.
Exercício e repouso: evitar fadiga (já existe sobrecarga cardíaca, aumento de peso e o sangue aumenta 40%).  A atividade física deve ser moderada, realizar trabalhos domésticos comuns e dar passeios a pé, diariamente.  Evitar carregar objetos pesados.  Descansar 8 horas de sono noturno e se possível 1 hora após o almoço.  Evitar choques emocionais.  Deitar e levantar cedo.
Viagens: não guiar carro depois do 7º mês.  Pode viajar evitando viagens muito longas e em estradas em más condições.  Viagem de avião não é contra-indicado, mas o cinto de segurança do avião deverá ser colocado sob o abdome.
Náuseas, vômitos e pirose: comuns nos 3 primeiros meses de gestação.  Não ficar com o estômago vazio por mais de 2 ou 3 horas e repousar em posição semi-sentada.
Imunização: evitar contato com portadores de doenças contagiosas.  Fazer vacinação anti-tetânica de acordo com orientação médica e só depois do 1º trimestre de gestação.
Fumo e álcool: aboli-los.
Higiene Mental: em grau variado as gestantes sofrem tensão e fazem maior ou menor esforço para se adaptarem à situação.  Tem medo por si mesmas e pela criança.  Necessitam compreensão e distração, evitando conversas com pessoas que contem casos escabrosos e pessimistas sobre o parto ou gestação.
Atividade Sexual: devem ser reduzidas no 1º trimestre.  Contra indicado nas ameaças de aborto.  Reduzidas no último mês.
Drogas e medicamentos: não tomar medicamento sem indicação do médico, mesmo sendo analgésico comum ou outros quaisquer aos quais esteja acostumada.
Sintomas de alarme na gestação: tonturas, perturbações visuais, edema acentuado do MMII, mãos e rosto, urina escassa, formigamento, perda de sangue de qualquer tipo e contrações uterinas antes do término da gestação.
Parto: orientação geral sobre o parto e sintomatologia que indica a ocasião em que deverá procurar a maternidade para dar a luz.
Bebê: orientação sobre o enxoval do bebê e cuidado com o recém-nascido após alta da maternidade.
  Pondo em prática os conhecimentos básicos adquiridos, o auxiliar de enfermagem poderá ter a seguinte atuação na assistência pré-natal.
    • Valorizar as necessidades da cliente, vendo-a como um todo emocional físico, social e espiritual.
    • Entender as alterações psicológicas, e tensão emocional, que ocorrem durante a gestação, para poder atender, orientar e relacionar-se adequadamente com a cliente.
    • Encorajar a cliente a dar informações verdadeiras e fiéis sobre ocorrências passadas e presentes.
    • Colher material para exame de urina, sangue e outros e orientá-las sobre os mesmos.
    • Controlar peso, temperatura, pulso respiração e pressão arterial e anotar os dados obtidos no prontuário.
    • Preparar a gestante para exame físico e orientá-la para esvaziar a bexiga, indicando a localização do sanitário.
    • Colocar a cliente na mesa, em posição pra exame - decúbito dorsal para exame obstétrico e posição ginecológica para exame ginecológico.  Cobri-la com lençol de acordo com orientação.  Assistir aos exames atendendo às solicitações da cliente e do examinador.
    • Ensinar o uso de meia elástica, quando for o caso.
    • Informar sobre outros serviços que o hospital proporciona.
    • Aplicar medicamentos e vacinas de acordo com prescrição médica.